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"Admiramo-nos do pensamento; mas o sentimento é igualmente maravilhoso." (Voltaire)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quase-soneto de verdade

O que é a verdade, meu amigo?
Não encontrada nas estantes
Que no diálogo dos amantes
vem do amor ser a medalha?

Páro, procuro cá comigo
Os que a deletam ou a sepultam
A tal verdade que me ocultam
na ficha limpa de um canalha

E nas minhas noites sob a lua
não acho alguém que a possua
Vejo-a voando como palha

Mas no diálogo, ela me alcança
o uno, o múltiplo, a semenlhança  
A verdade é uma navalha

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